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Becker & Dr. House

22 ago

series_becker_houseApesar de encerradas, as séries são reprisadas. Becker ficou no ar de 1998 a 2004. Dr. House ficou no ar de 2004 a 2012.

Em principio fanática pelo seriado Dr. House (Hugh Laurie), aos poucos parei de assisti-lo por vários motivos preferindo vê – lo quando o foco eram alguns dos personagens e não o abecedário de probabilidades de doença. Por acaso numa madrugada com a Dª Sonia (insônia para os íntimos) a fazer companhia, descobri o seriado BECKER no canal TBS com carismático ator Ted Danson que interpreta Dr. Becker. Para os fãs de Dr. House é uma heresia compara – lo a qualquer outra coisa. Eu particularmente senti que existem semelhança entre Dr. House e Becker apesar de cenários bem diferentes.

becker-e-margaret_house-e-cuddy Os Médicos, Cuddy e MargaretDr. House   atende em um hospital em New Jersey e  com a quase ajuda da diretora Cuddy (Lisa  Edelstein) e sua equipe médica consegue  diagnosticar e tratar os pacientes que o  procuram. Becker é medico que apesar de  formado em Harvard, tem clínica no bairro  do Bronx em NY, dirigida com mão de ferro  pela enfermeira Margaret (Hattie Winston).

 A diferença entre a Cuddy e Margaret é que  a primeira apesar de tentar ser enérgica com  as atitudes de House como médico, muitas  vezes precisa concordar com o que ele  decide além do envolvimento entre ambos  que varia entre carnal, emocional e platônico. Margaret tem um casamento de longo tempo sem grandes emoções. Ela é enérgica na administração da clínica, mas também ela é quase uma mãe para Becker quando o repreende pelas atitudes azedas, diárias, em relação ao dia a dia fora da clínica.

Em ambientes distintos House e Becker são extremamente competentes no diagnóstico da doença e tratamento. House manipula a equipe e o paciente atrás das respostas. Em Becker a solução dos problemas de saúde de seus pacientes deriva de seu eterno mau humor e nas confusões que se mete por isso.

Deus: Ambos são ateus, logo não adianta apelar para esse lado. Numa das frases de House quando o paciente louva a deus: “_Você acredita em deus, mas olha nos 2 lados da rua antes de atravessá-la.”

Quando paciente diz que vai embora com deus, Becker responde: “_Não se preocupe com deus porque nem ele vem aqui no Bronx.”.

becker_houseModo de ser: Ambos são rabugentos, egoístas, questionam de modo a incomodar as pessoas e não gostam quando há uma inversão de situação na qual eles ficam encurralados.

Aparentemente House não é apegado a bens visto que parcialmente adotou a casa do Wilson (Robert Sean Leonard) como lar e não faz cerimônia em usar o que tiver na hora incomodando ou não Wilson, que no fundo parece gostar como se fosse uma relação de irmãos sendo ele o mais velho e “ajuizado”.

Becker vive com as mesmas coisas antiquadas de sempre. Quando seus amigos reclamam das roupas fora de moda ou de uma televisão movida a transistor que precisa ser trocada ele responde que não é um muquirana. Apenas eliminou as coisas supérfluas da vida. Só que quando a televisão “não pega” numa noite de insônia ou quando há jogos, ele não tem vergonha de ligar para qualquer um de seus amigos para assistir o que quer. Os amigos próximos reclamam do jeito de ser, mas gostam e se preocupam com eles.

Fisicamente: Ambos são pouco mais altos que a média das pessoas com os quais convivem. Uma analogia de que deus está acima e pode tudo? House e Becker não são deus e podem quase tudo como médicos.

os-viciosMau exemplo:

House   consome remédios aos  montes e aleatoriamente por  conta da perna e talvez pelos  conflitos internos que tenta esconder. Becker fuma  principalmente em ambiente fechados, na mesma  proporção que reclama de  tudo e todos a sua volta: e não se importa e nem aceita o quanto a fumaça do cigarro incomoda. O consumo de remédio sem prescrição médica assim como fumar são um perigo à saúde . Somente as pessoas próximas aos dois sabem que eles sabem desse vicio. Em Dr. House há uma tentativa de tratá-lo desse vício quando as coisas saem do controle. Foi um período quase sombrio desse seriado. Becker só se preocupa em tentar parar de fumar quando o preço do cigarro sofre reajuste, mesmo importa se for reajustado em centavos. Nesse aspecto a situação torna se cômica.

becker 1

O começo dos episódios de cada seriado é distinto: em House com um retrospecto ou histórico de como o paciente foi parar no hospital.

Becker reclamando de qualquer coisa que o aborreceu no caminho entre a casa e a clínica, e detalhe da abertura do seriado:  saindo de um metro no contra fluxo das pessoas. Em um episodio, Becker reclama montes de uma ambulância estacionada em fila dupla perto de onde ele trabalha. Margaret então diz que a ambulância está ali para socorrer uma pessoa, mas que não deu tempo porque a pessoa faleceu. Becker responde: “_Oras, não é porque ele teve um péssimo dia que precisa estragar o meu.”.

Apesar dos absurdos que Becker costuma dizer, de alguma forma consegue ser mais real e próximo às pessoas a sua volta e em seus problemas diários do que House. Além dos casos serem mais engraçados. Os seriados têm um enredo chave em comum, mas que formaram públicos distintos. Como ambas séries já tiveram seus episódios finais, resta saber qual será a próxima novidade.

A musica tema de Dr. House tem um aspecto mais zen, atemporal, fluida quase para relaxar dentro de um hospital.

O tema de Becker tem batida de som mais clássico, porem  agitado da guitarra e sintetizador, instrumentos ícones da década de 60, 70 provavelmente os anos em que Becker “estudava em Havard”

becker 2

 A maioria dos espisódios de Becker faz trocadilhos que infelizmente nem toda tradução pode ser 100% fiel, essa fidelidade existe no  excelente trabalho de dublagem.

Por Criz de Barros

Os seriados de Becker

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